Síndrome do Pânico ou Ansiedade?
Atualizado: Jan 18
Você sabe identificar qual dos dois pode estar sentindo? Aprenda a identificar:
Síndrome do Pânico:
É um tipo de distúrbio/transtorno ligado à ansiedade e tem as seguintes características:
Crise intensa e súbita:
No pânico, as crises ansiosas são muito intensas e podem acontecer em qualquer lugar, inclusive dentro de casa ou enquanto a pessoa dorme. Elas não tem um motivo específico para ocorrer, não existe um evento desencadeador do ataque do pânico.
A sensação é de um medo intenso e um mal-estar que pode estar acompanhado de sintomas físicos e mentais.
As crises podem durar de 10 a 20 minutos, mas alguns sintomas podem continuar sendo sentidos após a crise passar .
Sensação de que algo ruim está acontecendo:
Durante uma ataque de pânico, a pessoa sente que existe um perigo iminente. A pessoa acaba abrindo mão de realizar atividades ou estar no ambiente em que a crise ocorreu.
Todavia, o local ou a atividade que a pessoa estava realizando não tem, necessariamente, ligação com o ataque de pânico.
Isso pode levar a pessoa a restringir cada vez mais os locais que frequenta e as atividades que desenvolve, podem causa isolamento completo.
Mas como as atividades e situações onde a pessoa teve a crise pode não ter relação direta com essas sensações e sentimentos, os ataques podem passar a ocorrer em vários locais distintos e em várias situações.
Medo súbito de morrer, enlouquecer ou adoecer:
Durante um ataque de pânico, os sintomas físicos são tão intensos que a pessoa acredita que está tendo um ataque cardíaco, AVC ou que está enlouquecendo e perdendo o controle da mente.
Repetição das crises de pânico:
A análise das repetições das crises é fundamental para caracterizar o transtorno do pânico. Ou seja, se elas ocorrem frequentemente em um determinado período de tempo. Além dos outros critérios acima.
Sintomas da Síndrome do Pânico
Palpitação, coração pulsando forte ou acelerado;
Suor; Tremores; Falta de ar; Sensação de desmaio;
Náusea ou desconforto abdominal;
Formigamentos;
Dor ou desconforto no peito;
Calafrios e sensação de calor;
Sentimentos de irrealidade;
Despersonalização (sentir-se fora de si mesmo);
Medo de perder o controle ou enlouquecer;
Medo de morrer.
Ansiedade
Crise crescente:
Na ansiedade, a crise ansiosa vai se intensificando aos poucos e é constante ao longo do dia, com variação de intensidade.
Sensação de alerta para algo que pode vir a acontecer:
A ansiedade é um constante "E se...". O ansioso imagina vários cenários negativos que poderiam vir a acontecer com ele, sem, muitas vezes, um perigo real ou exista probabilidade
de que realmente aquilo vá acontecer.
Relação com o estresse:
Um dia a dia estressante, com um nível de cobrança alto imposto por si mesmo ou por terceiros pode desencadear a ansiedade.
Isso também significa que ambientes e situações onde ocorra muita pressão/estresse podem causar ansiedade, como: trabalho, estudar para pré-vestibular, faculdade, morte de um ente querido e etc.
Situações familiares e sociais também podem influenciar, como problemas financeiros, desemprego e problemas nos relacionamentos.
Além disso, tem forte relação com traumas de infância e abuso de substâncias estimulantes, como café e cocaína.
Genética:
Pessoas que possuem familiares com transtorno de ansiedade, tem mais chances de serem ansiosas.
Sintomas da Ansiedade
Preocupações e medos excessivos;
Visão irreal de problemas;
Inquietação ou sensação de estar sempre “nervoso”;
Irritabilidade;
Tensão muscular;
Dores de cabeça;
Sudorese;
Dificuldade em manter a concentração;
Náuseas ou queimação no estômago;
Necessidade de ir ao banheiro com frequência;
Fadiga e sensação de cansaço constante;
Dificuldade para dormir ou manter-se acordado;
Surgimento de tremores e espasmos.
Diagnóstico da Ansiedade e Síndrome do Pânico
O diagnóstico deve ser realizado por um profissional psicólogo ou psiquiatra, que irá avaliar o relato do paciente, identificar se existe causa específica, qual a intensidade e frequência dos sintomas, há quanto tempo persistem e quais os prejuízos e limitações que ele causa na vida do paciente.
Tratamento da Ansiedade e da Síndrome do Pânico
A combinação de psicoterapia e medicamento tem se mostrado extremamente eficaz no tratamento da ansiedade e da Síndrome do Pânico.
A Psicoterapia é um processo muito recomendado e que existem diversos estudos clínicos com resultados positivos, seja com a inclusão de tratamento medicamentoso ou não.
Além disso, na psicoterapia o paciente aprenderá a identificar os pensamentos negativos e disfuncionais que desencadeiam a ansiedade e aprenderá a tratar as preocupações e angústias de forma mais adaptada e realista.
Outras técnicas como relaxamento e atenção presente podem ajudar o paciente a lidar com os sintomas da ansiedade e pânico.
O objetivo da terapia é que o paciente desenvolva habilidades e técnicas para se tornar capaz de trabalhar a ansiedade fora da terapia e consiga ter mais autonomia e criatividade para lidar com a ansiedade e com o pânico, podendo alcançar a "cura".
